Empresários do setor de joias e bijuterias e representantes de entidades de classe se reuniram entre os dias 18 e 19 de agosto, no Rio de Janeiro, para o Seminário “Atualização Tecnológica e o Setor de Joias e Bijuterias”. O evento discutiu os principais gargalos para o acesso, implantação e melhor uso de novas tecnologias nas indústrias do segmento no Brasil.
Os representantes do Instituto Brasileiro de Gemas e Metais Preciosos (IBGM), da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços, do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-RJ), do Sindijoias-RJ e da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (FIRJAN) deram início ao evento, que teve como primeiro palestrante José Paulo Silveira, diretor da Macroplan Prospectiva e Estratégia.
Presente à abertura do seminário, a presidente da Associação dos Joalheiros e Relojoeiros do Estado do Rio de Janeiro (Ajorio), Carla Pinheiro, destacou a importância do tema em discussão. Disse que o setor de joias e bijuterias sempre tem desafios a enfrentar, e que a maioria das empresas brasileiras do segmento está no século XIX, em termos de parque industrial e tecnologia. “A atividade industrial está muito baixa no país, de uma forma geral. Para que as joias brasileiras sejam mais competitivas no mercado externo são necessárias produtividade e adequação tributária”, completa.
O destaque para o futuro é a máquina de prototipagem rápida por sinterização a laser, que transforma ouro em pó em joia. Com esta nova tecnologia, ainda em fase experimental, de origem alemã e italiana, é possível encurtar o tempo de confecção de joias, otimizar os detalhes de produção e conseguir formas inovadoras de design.
Entre os palestrantes internacionais, o seminário recebeu Gay Penfold, especialista em joias da Universidade de Birmingham, Reino Unido e Shintaro Yamara, presidente da fabricante japonesa de máquinas Yasui, que falaram sobre os avanços tecnológicos para o setor e os desafios que a indústria joalheira está enfrentando para se atualizar e se manter competitiva, respectivamente. Além disso, Dirk Blommaert, diretor de negócios do Panamá Diamond Exchange, abordou as oportunidades de negócios para o setor de diamantes e joalheria da América Latina, com a criação da Bolsa e da Zona Franca na Panamá.
Fechando o primeiro dia de evento, as opções para a regulamentação e certificação do setor de joias e bijuterias no Brasil foram abordadas na palestra de Gustavo Kuster, gerente da Divisão de Articulação Externa e Desenvolvimento de Projetos Especiais do Inmetro.
Os gargalos para o acesso, implantação e melhor uso de novas tecnologias nas indústrias do segmento no Brasil foram os pontos centrais do segundo dia de evento. Ecio Morais, diretor do IBGM, deu ênfase à importância da inovação no mundo de constante competitividade dos negócios e mostrou que 74% das empresas do setor de joias e bijuterias não utilizam sua capacidade produtiva total. Outro entrave abordado foi a questão da mão de obra, considerando a dificuldade de conseguir mão de obra especializada para o setor.
O evento foi finalizado com a exposição dos papéis do IBGM/entidades de classe estaduais e das Federações das Indústrias, do SEBRAE, SENAI, entre outros parceiros, para ajudar a solucionar os gargalos do setor para alcançar melhores resultados.
O seminário “AtualizaçãoTecnológica e o Setor de Joias e Bijuterias” foi promovido pela Associação dos Joalheiros e Relojoeiros do Estado do Rio de Janeiro (Ajorio), o Instituto Brasileiro de Gemas e Metais Preciosos (IBGM) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae Nacional) e teve o apoio da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (FIRJAN) e do APL Joia Carioca.
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