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Mesa redonda debate os rumos do setor de joias e bijuterias

No segundo dia (15/05) do Salão Bossa Nova, o Fórum dos Lojistas trouxe uma mesa redonda com o tema "O legado da moda: agora joias e bijuterias andam juntas'". Uma discussão sobre o novo cenário de consumo de joias e bijuterias no mundo mediado pela consultora de estilo do IBGM e participação da nova coordenadora de moda do SEBRAE, Fabiana Mello, Angela Andrade, diretora da AJORIO, Eloysa Simão, diretora da Dupla Assessoria, Vanessa Wagner da Zóia e Gianne Faria da Byzance.

A diretora da AJORIO, Angela Angrade, iniciou a mesa falando sobre a felicidade de poder falar sobre o assunto sem as desavenças e rivalidades que ocorriam no passado, quando o setor joalheiro não aceitava o de bijuterias.

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Eloysa Simão argumentou que as pessoas precisam perder o preconceito. O que importa é se a peça ou acessório é significativo ou não. As pessoas estão usando cada vez mais o que tem significado emocional para elas, e é isso que vai formar o seu estilo. “Chique hoje não passa por andar grifado,  com roupas caras, mas sim usar o que tem relação com a sua história e com o seu momento”. Sobre as tendências, ela diz: “Vemos várias tendências e referências, mas elas não são uma bíblia a se seguir. Nesse mundo multicultural e globalizado, ter estilo é colocar bijus e joias relacionadas a sua história ou ao que você de fato valoriza”.

Jeanne Faria, que assina as criações da Byzance, começou seu discurso cantarolando um trecho do Samba de Avião, de Tom Jobim, para ilustrar seu amor pelo Rio de Janeiro e a alma carioca reproduzida em suas joias. Antes da palestra, Jeanne sorteou dois exemplares do seu colar “Cristo Redentor” que consta no livro “A Joia do Rio”, uma parceria SEBRAE e AJORIO, lançado no ano passado. Desde sua publicação, a Byzance vendeu mais de 10mil cópias da peça. “Todos querem o que é nosso. Antes você falava do Brasil no exterior e só ouvia “futebol” como resposta. Hoje eles falam do desejo de vir nos conhecer. Podemos aproveitar isso. Estamos na moda!” – completa Jeanne.

Regina Machado falou sobre a representatividade do Cristo. “O clássico possui um vínculo com o tempo dele. O Cristo representa a modernidade. Não é barroco, não está na cruz ou com anjos e conchas. O Museu do Índio, o Maracanã, têm a sua representatividade. Assim são as joias. Elas têm descompromisso com o tempo, elas duram”.

Sobre joias e bijuterias, Regina pontua: “A principal diferença de valor é no que é industrializado e o que demanda tempo e dedicação, o artesanal. E nessa questão, joias e bijuterias são parecidas”.

Alessandra Wagner, da Zoia, apresenta suas criações não como joias ou bijuterias, mas como “zoias”. Para ela, o importante é agregar na peça um valor que as pessoas nem sempre percebem que existe. “Eu gosto da surpresa que a consumidora tem quando descobre que aquilo que ela compra é o que ela joga fora no dia a dia. Isso a faz pensar. Sustentabilidade é uma questão de consciência. As pessoas precisam mudar o olhar”, ressalta.

Para ela, esse tipo de trabalho, ainda artesanal e com dificuldades de se inserir no mercado por meio de uma produção em larga escala, tem um papel importante na conscientização das pessoas. “Vamos fazer algo que parece pesado, mas é leve, que parece complicado, mas é simples. É viver com simplicidade. O que importa hoje é emocionar as pessoas”.

A coordenadora de moda do Sebrae, Fabiane Mello, encerrou a discussão reafirmando o compromisso da instituição com as empreendedoras do setor, para que as iniciativas resultem em empreendimentos rentáveis.  “O SEBRAE traz o chão para as coisas criativas”, diz.

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